sábado, 17 de abril de 2010
Paralisia Cerebral e Terapia Ocupacional
Pessoal um assunto que me interessa muito é a paralisia cerebral...procurei algumas matérias e artigos que falem do assunto porém nao existem muitas pesquisas relacionando a T.O com e a paralisia cerebral...achei uma materia que gostei bastante pois fala de diversas maneiras de atuaçao da T.O em casos de PC...
Espero que vcs gostem e quem tiver artigos ou outras coisas pra me enviar do assunto ficarei grata e terei prazer em colocar no blog!
Como já sabem meu email é babicarolinaa@yahoo.com.br
Boa leitura gente e caso tenham dúvidas no que eu puder ajudar vcs ja sabem...procurei algo bem completo que falasse da Paralisia cerebral como um todo porém que focasse na intervençao da T.O...
DEFINIÇÃO
O termo Paralisia Cerebral é considerado por muitos autores inadequado, pois da um significado de total ausência de atividades físicas e mentais, o que na verdade não ocorre; nas literaturas especializadas encontra-se uma gama enorme de definições que conceituam a Paralisia Cerebral, como:
A Paralisia Cerebral consiste em um grupo heterogêneo de condições patológicas não progressivas do movimento e da postura, que se manifestam no início da vida, atribuídas ás várias etiologias, conhecidas e desconhecidas envolvendo o cérebro imaturo. Site: http://www.cruzverde.org.br/ParalisiaCerebral/paralisiacerebral.htm 11/09/2007.
A Paralisia Cerebral significa o resultado de um dano cerebral, que leva á inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. Site http://www.niee.ufrgs.br/hpmoise/body_pc.html 11/092007.
ETIOLOGIA
Para muitos autores a Paralisia Cerebral se acha relacionada com a anormalidade pré, peri e pós-natal.
Vários fatores podem causar as lesões no encéfalo durante o período pré-natal, entre eles pode-se destacar:
Agente Metabólico: Ex: Diabete Materna.
Agente Infeccioso: Ex: Rubéola Materna.
Agente Mecânico: Ex: Irradiação.
Quanto ás causas peri-natais vários problemas podem ocorrer durante o nascimento que podem ser Agente de Lesões encefálicas, sendo este o problema mais comum na etiologia da Paralisia Cerebral, segundo os autores pesquisados.
Dentre os fatores Pós-natais estão as doenças infecciosas tais como meningites e encefalites, distúrbios vasculares, traumas e tumores cerebrais.
CARACTERÍSTICAS
São definidas de acordo com as classificações que definem os tipos de Paralisia Cerebral.
Para essa classificação leva-se em conta o tipo de envolvimento neuro-muscular, os membros atingidos por este comprometimento e o grau de comprometimento motor.
De acordo com estes tipos de envolvimento neuro-muscular os autores citam categorias como: espasticidade, atetose, atáxia, tremor, rigidez, hipotonia entre outros.
Destes os três primeiros são os mais encontrados na prática.
Característica de criança espástica: Apresenta um tônus que é predominantemente alto. A movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.
Característica criança atetóide: Apresenta sempre um tônus muscular instável eflutuante. Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária. São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal á hipertonia ou vice-versa.
Característica criança atáxica: Caracteriza-se por transtornos de equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação em atividades musculares voluntárias.
De acordo com os membros atingidos pelo comprometimento neuro-muscular podemos ter:
Grupo das displegias: Onde as crianças apresentam um comprometimento maior das extremidades inferiores.
Grupo das quadriplegias: Apresentam um comprometimento do corpo todo.
Grupo das hemiplegias: Apresentam um dimídio (lado) do corpo comprometido.
Já de acordo com o grau de incapacidade podemos ter: leve, moderado e severo.
TRATAMENTO
O diagnóstico de Paralisia Cerebral pressupõe um amplo e cuidadoso diagnóstico diferencial. Esse diagnóstico deve ser realizado, sempre, por uma equipe multidisciplinar (TO, Psicólogo, Fisioterapeuta, Neurologista, Ortopedista entre outros) e o mais precoce possível. E a comunicação entre os membros dessa equipe é crucial para uma boa evolução do caso.
A dinâmica do trabalho da Terapia Ocupacional se dá através de anamnese junto à família.
A avaliação da criança com Paralisia Cerebral em Terapia Ocupacional envolve os aspectos: cognitivo, emocional, comunicação, coordenação motora global e fina, habilidades manuais (preensão, atividades bimanuais, dominância manual, força muscular, uso funcional dos membros superiores), integração perceptivo-sensorial (percepção tátil, controle visual, percepção auditiva), habilidades sociais, grau de independência nas Atividades de Vida Diária (alimentação, higiene, vestuário). O ponto de partida da avaliação é a atividade da criança em relação ao ambiente.
Na Paralisia Cerebral, a ênfase é dada às reações posturais, habilidades motoras e organização da criança diante das atividades e situações.
O plano de tratamento é baseado na avaliação inicial, nas necessidades individuais. Na Paralisia Cerebral, existem particularidades de tratamento (princípios norteadores) de acordo com os tipos de paralisia cerebral: espástica (quadriplegia, diplegia, hemiplegia), atetóide, atáxica. Mas, em geral, a Terapia Ocupacional atua no sentido de aumentar o grau de funcionalidade global, conduzindo a criança para novas aprendizagens, dentro dos objetivos traçados na avaliação.
De acordo com o método Bobath, o brincar é o trabalho da criança, e é onde a criança pratica habilidades e ensaia papéis. Conforme o brincar se desenvolve, torna-se organizador das habilidades. O sucesso da criança reforça a repetição e providencia as bases para a aprendizagem e o desenvolvimento. O brincar leva ao domínio de muitas habilidades necessárias para o crescimento e a vida adulta.
Desta forma, as brincadeiras são integradas aos objetivos do tratamento em Terapia Ocupacional, e serão propostas atividades para encorajar a criança a desenvolver novas habilidades.
Alguns princípios gerais de tratamento na Paralisia Cerebral podem ser delineados, como:
- Preparação para a função: alongamento da musculatura encurtada, motivado sempre por uma tarefa, mobilidade a partir dos pontos chaves facilitando posturas adequadas, alinhamento corporal, regulação do tônus, controle motor e facilitação do desenvolvimento normal.
- Estruturação do ambiente, permitindo sua exploração pela criança.
- Desenvolvimento de hábitos independentes para brincar ou trabalhar, preparando a criança para a escola, vida social. As AVDs representam um papel fundamental no trabalho da Terapia Ocupacional.
Neste trabalho é importante levar em consideração os recursos disponíveis da casa e as necessidades da criança e da família, para a confecção de adaptações. São observados pontos como: o tipo de habitação, como a criança pode se locomover no seu espaço, como dorme, onde brinca, como é o banheiro, onde estão suas roupas, onde toma suas refeições, quem brinca com a criança em casa e onde brinca, se vai ao quintal, aos vizinhos, ao supermercado, etc.
Finalmente, o trabalho da Terapia Ocupacional estende-se também à orientação escolar, pois a criança com paralisia cerebral necessitará de adaptações, assim como a escola poderá ter que fazer algumas modificações na sala de aula, banheiros, pátio.
Atualmente, com a inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares, torna-se importante capacitar a escola para receber estas crianças. O terapeuta ocupacional pode orientar a equipe escolar em relação às adaptações necessárias a cada caso, por exemplo: cadeira com braços, apoio para os pés, barras na lousa e nos banheiros, engrossadores de lápis, tapetes antiderrapantes na cadeira, fixação do papel ou caderno na mesa ou carteira.
Além das possibilidades de adaptação do mobiliário e do ambiente, é fundamental também a orientação quanto ao posicionamento correto ao sentar, ao ser colocada em pé, apoio dos membros superiores, a facilitação de posturas que inibam reações associadas que podem prejudicar a realização das atividades propostas.
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Te seguindo! Claro.
ResponderExcluirMuuito bom seu blog :)
Voltarei.
BOm dia
:*
Amei o artigo, está muito interessante, seu blog esta mt legal, continue assim, sucesso pra você , to te seguindo ja! beijao =)
ResponderExcluirOow, tbm adorei seu blog... tudo relacionado à saúde me interessa :D
ResponderExcluirMuito bom, principalmente pq temos que sempre levar em mente a SUPERAÇÃO :)
Ah, e boa sorte nos sorteios!!
Seguindoo aquii!
=**
Muito bom o seu blog! Vou seguí-lo com prazer pq quero conhecer a contribuição da TO nas escolas tb. O que para mim é agradável novidade!
ResponderExcluir"É importante entender que independência é mais do que a capacidade de fazer sozinho: é a capacidade de decidir o que deseja fazer."
ResponderExcluirEsse fragmento me arrepiou!
Que profissão linda!
Obrigada pela visita ao meu blog!
Vou segui-la tbm..!!
=)
adorei seu blog, me formo esse ano em TO e Pc são umas das doenças que mais encontraremos em nosso dia a dia, sucesso pra vc.
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