terça-feira, 20 de abril de 2010
Terapia Ocupacional e Deficiência Mental
Olá Pessoal...
Hj teve prova de admistração,gestão e informatização dos serviços da saúde...tá tudo mto corrido ultimamente e tende a piorar pois já estou vendo trabalhos se acumulando(medooo!!)...Hj também tive aula de T.O nos processos de Aprendizagem e discutimos a inclusao escolar entre mtaaaaas outras coisas e logo pretendo postar algo do assunto =)Afinal não quero me prender a aréa física e mental quero mostrar pra vcs os vários campos de intervenção da T.O tanto aqueles mais óbvios quanto outros que eu garanto que vcs nem imaginariam que a T.O pudesse atuar.
Hj eu resolvi postar alguma coisa sobre deficiência mental...Acredito que há tantas coisas do assunto a serem discutidas...mais como sempre, procurei algo relacionado com a Terapia Ocupacional...Logo mais voltarei eu mesma a escrever os posts mais como estou com mto pouco tempo,estou postando artigos de confiança,os quais pude ler e gostei mto!
Leiam e dps me falem o que acharam!
Terapia Ocupacional e Deficiência Mental um caminho em direção à independência:
A Terapia Ocupacional tem como eixo fundamental a compreensão da ação humana. Essa ação, humana porque consciente e significativa, é constituinte do sujeito: podemos dizer que o homem se constrói em sua ação no mundo (Bartalotti, 1995).
Segundo Vygotsky (1991), o desenvolvimento humano é um processo sócio-cultural: o homem se desenvolve a partir da apropriação que faz da cultura, apropriação esta que só é possível mediante um processo de relação com outros homens. Nesta perspectiva, o desenvolvimento não é um processo puro e simples de acumulação, mas um processo dinâmico de transformações que se dão tanto no nível físico como, e primordialmente, no nível psicológico. A criança que se apropria do mundo se constrói como indivíduo, libertando-se, pouco a pouco, da prisão do determinismo biológico e tomando posse das possibilidades de ação independente. Agir independentemente é, para Vygotsky, agir de maneira auto-regulada, gerir seus desejos, escolher possibilidades de ação, agir conscientemente.
Durante muito tempo se pensou a pessoa com deficiência mental como alguém que dificilmente atingiria tal grau de complexidade psíquica. Partindo do pressuposto que seu desenvolvimento, por um lado, era igual ao das outras pessoas mas mais lento e que, por outro, se caracterizava pela limitação, os trabalhos dirigidos a essa clientela mantinham uma preocupação voltada ao treinamento de hábitos, adequação de condutas, instalação e manutenção de habilidades consideradas importantes para a vida. Acreditando na limitação, construía-se para esta pessoa um mundo que nela coubesse.
Vygotsky nos ensina a olhar a pessoa com deficiência mental de uma outra maneira: não mais como alguém que é menos, mas como alguém que é diferente. Partindo de uma base diferente (pois não se nega a diferença, a deficiência), a criança com deficiência mental desenvolve processos diferenciados para poder seguir no seu desenvolvimento cognitivo. Estes processos são chamados compensações: compensar é, para Vygotsky, encontrar uma outra forma de chegar ao mesmo resultado. Não importa, esclarece o autor, o caminho seguido, mas sim o resultado alcançado.
Partindo desta estrutura teórica, podemos pensar o trabalho da Terapia Ocupacional junto à pessoas com deficiência mental como um trabalho de construção de significados, através de ações sobre o mundo concreto, que propiciem a esta pessoa desenvolver-se em direção à independência. Não basta desenvolver a habilidade, é preciso que esta habilidade esteja encadeada em um contexto de significação que permita à pessoa com deficiência mental construir um raciocínio flexível, no sentido de fazer uso desta habilidade como instrumento de transformação e compreensão do mundo.
No campo da deficiência mental é muito comum observarmos em nossos clientes formas de ação que, na verdade, pouco têm de próprias, mas em grande parte, são ações externamente determinadas, fruto de anos de treinamento, de relacionamentos que se estruturam sobre a idéia da incapacidade e que, por isso mesmo, não permitem ao sujeito perceber-se em sua individualidade. A construção desta individualidade, entendida como consciência de si como indivíduo dentro de um contexto social, deve se configurar em um dos principais objetivos terapêuticos nos processo de atendimento à pessoa com deficiência mental
O terapeuta ocupacional analisa a ação da pessoa com deficiência mental e intervém, tendo como base uma interpretação do encadeamento, das inter-relações dos componentes desta ação (neuromotores, perceptivos, cognitivos, sócio-emocionais). Esta intervenção se constitui em um processo no qual mediadores instrumentais e simbólicos se complementam. É preciso ter em mente que a independência está aqui entendida como capacidade de auto-regulação. Assim, o processo terapêutico ocupacional configura-se em um caminho para a libertação possível da regulação externa, através da construção do sujeito como indivíduo, alguém que reconhece suas necessidades, desejos, possibilidades e, fazendo uso desta consciência, age.
PORQUE PROCURAR UM TERAPEUTA OCUPACIONAL?
O terapeuta ocupacional é o profissional que estuda e intervém na ação humana, no cotidiano. No trabalho com pessoas com deficiência mental sua intervenção se volta, justamente, para a construção da ação significativa, para a ação independente. É importante entender que independência é mais do que a capacidade de fazer sozinho: é a capacidade de decidir o que deseja fazer. Pensando especificamente na criança com deficiência mental, ela, muitas vezes, tem dificuldade de selecionar e discriminar estímulos do meio, de organiza-los de maneira que possam ser compreendidos e transformados em ações significativas. O terapeuta ocupacional trabalha construindo, com estas crianças (e com suas famílias), ações que a auxiliem a desenvolver uma compreensão sobre o mundo que a cerca. Analisando a deficiência mental a partir de uma concepção que aponta para uma dificuldade de saber como organizar seus pensamentos e ações em direção aos desejos (ou seja, sabendo o que quero, saber como atingir meus objetivos), na Terapia Ocupacional estimulamos o raciocínio da criança para a resolução de questões que envolvem o cotidiano. É importante lembrar que qualquer ação não se dá em um meio abstrato, mas envolve um corpo concreto, que precisa ter uma estrutura que dê suporte e permita a ação. Assim, o terapeuta ocupacional trabalha a motricidade, entendida como uma manifestação do desejo de estar e atuar no mundo. Desenvolve, portanto, ações específicas que visem ao desenvolvimento da motricidade a partir da (ou estimulando a) ação intencional, através de atividades que promovam situações concreta e simbolicamente mediadas. Faz uso de conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil e sobre a deficiência de maneira geral, assim como de técnicas de manipulação e abordagem terapêutica para estabelecer um processo terapêutico baseado na tríade terapeuta-criança/família-atividade, no qual cada um dos integrantes assume o papel de agente/transformador. O trabalho com a família é parte integrante do processo terapêutico, objetivando favorecer a construção de um olhar sobre a criança, que perceba suas diferenças mas, ao mesmo tempo, valorize e estimule suas produções. O terapeuta faz-se parceiro da família no acompanhamento do processo de desenvolvimento da criança, estabelecendo uma relação de confiança que permita a abordagem do cotidiano familiar e, mais especificamente, do lugar da criança nesse cotidiano.
http://celinacb.br.tripod.com/toeinclusaosocial/id8.html
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Eis aí um profissional de extrema importância, e que merece grande consideração de nossa parte!
ResponderExcluirParece muito interessante esse campo da ciência.
ResponderExcluirMe chamou atenção o aspecto em que o terapeuta intervêm no desenvolvimento mental da pessoa no intuito de que ela tenha consciência de sua individualidade.
É como o desenvolvimento natural de uma criança,não é? Através da interação dela com o ambiente ela vai se tornando auto-consciente... Só que no caso da terapia ocupacional, é um desenvolvimento induzido pelo que entendi...
Parece mt interessante!
Boa sorte no campo profissional!
Até :)
Ai que legal, adorei...
ResponderExcluirDeficiencia mental hoje em dia é uma coisa tão normal, ja passou, ja foi discutido em varias novelas uma que eu mais gostei foi a Paginas da vida da globo que retratava esse tipo de assunto.Adorei o post, atée.
Se você escrever um texto mais informal será mais interessante, mais humano. Beijos Luiz655.com
ResponderExcluirDeixei um selo pra vc no meu blog, só pegar ok?!
ResponderExcluirBruh
Uta...
Que gostoso ver um texto meu partilhado no seu blog! Aproveito para fazer uma atualização. Esse texto foi escrito há algum tempo e hoje já devemos utilizar a terminologia deficiência intelectual e não mais mental!
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog, vamos continuar trabalhando para que a Terapia Ocupacional tenha o reconhecimento que merece.
abraços
Celina Bartalotti